quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sem rosto


 
Engraçado
As vezes anda nas ruas
E percebo que existem uma especial diferente
De ser humano,
São seres sem rosto e sem nome,
Que perambulam sem rumo,
Com olhares sem vida...

Todas passam por eles,
Mas parece que seus olhos não podem detecta-los...
Em meio a multidão,
Eles não se destacam,
Apenas estão lá...

Não são tidos como personagens principais,
Muito menos figurantes,
Só estão lá... Ninguém sabe porque,
E nem tentam descobri.

Me pergunto,
Eles são que nem eu?
Reparo que eles tem a mesma quantidade de olhos que eu,
Eles tem pernas, duas!
E parece que eles tem um coração,
É um coração que pulsar vida...
Que espanto!
Eles são de fato, iguais a mim,
São seres humanos,
São pessoas!

Mas porque trata-los com tanta indiferença?
Ou melhor, nem trata-los...

Eles são reais!

Porque nunca nos perguntamos o porque eles estão ali?
Porque nunca nos importamos com eles?
Por acaso, quem não tem um teto para morar,
Não tem fome ou sede?

O que é isso?
Uma criança?!
É uma criança,
Uma pequena criança com uma lata de cola de sapatos...
Quem deu isso a ela?
O que é isso?
Jovens e adultos entregues ao crack...
Cade a sociedade?
Cade os governantes?

Cade os cidadãos?
Cade eu?
Estou bailando com o meu egocentrismo?
Ou estou tomando um chá com o meu egoísmo?

Saber que não podemos mudar o mundo inteiro,
Não é a justificativa
Para não praticar o bem por quem não conhecemos!

Autor: Leonardo Dias Alves

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